domingo, 2 de janeiro de 2011

As mais belas imagens do universo - Parte I - Hubble.

   Um tem um funcionamento um tanto quando simples - Hubble -, apesar de ser uma das máquinas mais complexas que o ser humano já colocou em órbita. O outro tem o objetivo de registrar as mais violentas ocorrências cósmicas que são inacessíveis para um astrônomo na Terra: Chandra.

Hubble.

   O Hubble é um telescópio espacial de reflexão da NASA, ganhou esse nome em homenagem ao cientista Edwin Hubble (1889 - 1953). O Hubble levou 8 anos para ser construído, seu equipamento pesa aproximadamente 11 toneladas e tem 13 metros de comprimento. Lançado em 1990 ele orbita à 612Km da Terra e consegue enxergar longe, muito longe... Longe tipo 10 bilhões de anos-luz. Por estar no espaço, o seu espelho principal de apenas 2,5m de diâmetro consegue "enxergar" mais longe que o maior telescópio ativo da Terra. 

   A distância que o Hubble consegue visualizar é tão grande que acredita-se que a luz que ele consegue captar em seus espelhos vem ainda dos primórdios do universo o que permite aos cientistas investigar melhor a origem do cosmo. Durante os seus anos de atividade o Hubble sofreu varias falhas e reparos, porém gerou imagens estonteantes que fizeram os cientistas e outros entusiastas ficarem de queixo caído. Bom... Infelizmente nada dura para sempre e o Hubble está com seus dias contados. Já com 20 anos, o Hubble será desativado em 2013 (esperava-se que fosse depois de 2020, mas houveram imprevistos que levaram a desativação precoce) e será substituído por um telescópio espacial mais moderno com o objetivo de observar e investigar problemas científicos que o Hubble não está equipado o suficiente para captar.
O Hubble foi mais que um simples telescópio espacial, ele abriu novos horizontes para a astronomia e a astronáutica e produziu um desenvolvimento muito maior do que o esperado nessa área. Produziu mais de 30 terabytes de dados, fez mais de 800.000 observações e acumulou 0,5 milhão de dados.

   O funcionamento do Hubble, como já foi dito, é um tanto quando simples. Analisemos de forma rápida através dos precisos esquemas abaixo:


1 - Espelho principal (aproximadamente 2,5m de diâmetro). A luz que entra é convergida nesse espelho até o espelho secundário (2);
2 - Espelho secundário. A luz que incide no espelho principal é convergida para a esse espelho que por sua vez a direciona para uma série de micro-espelhos (3) localizadas atrás do espelho principal (1). Esse espelho também tem a função de melhorar o foco da luz recebida pelo espelho principal;
3 - Micro-espelhos. Estão localizados atrás do espelho principal e tem o trabalho de direcionar a luz para cinco câmeras digitais que fazem o papel de fotografar a luz: Uma câmera infra-vermelha (que faz imagens de calor), câmera espectrográfica (para analisar a composição de corpos celestes), câmera de fotografia ampla (para captar vastas regiões do espaço), câmera para detectar movimentos dos astros e por fim uma câmera ultra-sensível para captar imagens de galáxias muito distântes;
4 - Câmeras. As câmeras não produzem a imagem como câmeras digitais comuns. Elas transformam as partículas de luz (fótons) em sinais elétricos (efeito fotoelétrico) que são enviados para computadores dentro do Hubble e que fazem o processamento desses sinais em imagens. De lá os sinais são enviados para a antena (5);
5 - Antena. A antena tem o trabalho de enviar as informações para um satélite de comunicação, esse por sua vez as direciona para os computadores de comando da missão que devem receber as imagens e informações para estuda-las e analisa-las.

   O Hubble também apresenta uma tampa protetora na entrada do seu "tubo", pois um único raio direto do sol pode danificar todo o seu equipamento. Essa tampa cobre o telescópio quando eles está em órbita de frente para o sol.
A alimentação de todo o sistema elétrico do Hubble é feita por painéis solares e sua locomoção não pode ser feita por jatos, como de outras sondas, pois a nuvem de gás pode "cegar" o Hubble. Em vez disso ele usa 3 rodas que giram acionadas por um motor elétrico, cada uma com seu próprio eixo, aí então é só a física em ação... Ou melhor, reação: o Hubble gira ao contrário do que as rodas giram, fazendo-o mudar de direção.

   E para finalizar, lindas imagens do telescópio Hubble:








2 comentários:

Alisson Poletto Machado disse...

Alisson Poletto Machado disse...

Faltou a imagem mais importante feita pelo Hubble... Hubble Deep Field e Ultra Deep Field =)