quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Estrela "engole" e depois "cospe" dois planetas

Um dia depois de a Nasa anunciar a descoberta dos menores exoplanetas já encontrados, cientistas apresentam hoje um estudo sobre um par de planetas ainda mais diminutos. Os astros recém-descobertos são remanescentes de planetas gigantes que foram engolidos por sua estrela e depois "cuspidos" como "caroços''.A descoberta foi feita com a análise de dados do mesmo telescópio espacial, o Kepler.


A dupla nova tem órbita muito próxima de sua estrela-mãe e possui superfície quente demais para abrigar água líquida e vida. O aspecto mais inusitado dos planetas é que no centro do sistema estelar que os abriga está KOI 55, estrela de idade avançada e que já passou pela fase em que se torna uma "gigante vermelha".Quando a estrela começou a virar uma gigante vermelha, sua atmosfera estelar, ou"envelope", começou a se expandir tanto que encobriu os dois planetas. 


É o mesmo destino previsto para o Sol, daqui a 5 bilhões de anos, quando o hidrogênio, combustível para a fusão nuclear em seu centro, começar a se esgotar. 


Em estudo na edição de hoje da revista "Nature", o grupo de Charpinet descreve o que acha que ocorreu após a estrela "engolir" os planetões. Esse astros, dizem, só acabaram engolfados na atmosfera estelar porque, apesar de ser grandes, tinham órbitas curtas, como a Terra.


"Enquanto eles iam cavando seu caminho em meio ao envelope estelar, iam perdendo toda a camada exterior de gás e expelindo também o gás da atmosfera da gigante vermelha, fazendo-a perder massa", explicou à Folha Betsy Green.

"Se os planetas já fossem pequenos naquela época, provavelmente não teriam sobrevivido. Só existem hoje porque começaram com uma quantidade de massa grande antes de sofrer atrito."



A vingança dos planetas é que eles próprios acabaram varrendo para fora a atmosfera da gigante vermelha, e KOI 55 pode ter perdido mais de 50% de sua massa. Agora ela é uma estrela da classe das sub-anãs quentes tipo B, que possuem um núcleo de hélio inerte e geram energia por fusão nuclear em camadas mais exteriores. 


Fonte: astro news

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