Depois de sete meses em órbita, a nave espacial X37-B, desenvolvida pela Boeing, pousou em uma pista comum da USAF (Força Aérea dos Estados Unidos) na Califórnia.
A Boeing é conhecida por projetar grandes aviões de guerra (por exemplo o B-29, que carregou as bombas de Hiroshima e Nagasaki) e de transporte.
Ao contrário dos ônibus espaciais, que são abastecidos por células de combustível, a nave militar tem painéis solares que se abrem no espaço e baterias de íons de lítio. O X37-B é levado por um avião até altitudes sub-orbitais e dali é lançado, diferente de um veículo espacial retornável comúm, que é lançado no solo. Só existe uma unidade do X37-B e a Boeing já está trabalhando na segunda.
Se havia alguma dúvida sobre a militarização do espaço, a utilização rotineira da nave espacial militar mostra que isto já é um fato. A desmilitarização do espaço foi um objetivo perseguido pela diplomacia e pelas Nações Unidas por décadas. Estados Unidos e Israel são os únicos países que defendem abertamente a utilização das missões espaciais para fins militares. Alguns países demonstraram preocupações com a possível utilização do X37-B para se aproximar e inspecionar satélites, sejam militares ou não. Com seu grande motor traseiro, a nave tem uma capacidade de manobra inédita. Segundo especialistas em rastrear satélites artificiais, a nave mudou de órbita seis vezes enquanto esteve no espaço.
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