Esse evento foi “descoberto” por Johannes Kepler em 1627, com o primeiro evento previsto para 1631. Desde então, apenas seis trânsitos de Vênus foram observados. Demora cerca de um século para ocorrer, daí ocorrem dois eventos espaçados por quase dez anos, e daí leva mais uns cem anos para ocorrer novamente. Tivemos um trânsito em 1882, depois um em 2004 e teremos outro mês que vem. Depois dele, só em 2117.
Apenas em 2125, dia 8 de dezembro, às 11h15 o trânsito será visível no Brasil.Trânsitos de Mercúrio são mais frequentes, tivemos um em 2006 e o próximo será na manhã de 9 de maio de 2016.
Os trânsitos de Vênus e de Mercúrio têm sua relevância científica, mas já foram muito mais úteis no passado. Registram-se os horários de entrada e saída de Vênus, que parece um disco escuro cruzando o Sol, com grande precisão em diferentes posições da Terra. Com essas medidas e o conhecimento dos ângulos envolvidos é possível calcular com boa precisão a distância absoluta de Vênus ao Sol.Nessa época, as distâncias aos planetas era calculada apenas pela terceira lei de Kepler, com o valor da distância de Vênus conhecida todas as outras puderam ser calculadas. Muito tempo depois, com o advento das técnicas de radioastronomia e radar essas distâncias puderam ser obtidas com precisão muito boa.
Hoje em dia, trânsitos de Mercúrio e Vênus são usados para medir, ou ao menos melhorar as medidas do diâmetro solar.
Uma outra aplicação dos estudos desses trânsitos é usar suas medidas para quantificar o obscurecimento do Sol, quando o planeta passa na sua frente. No caso do último trânsito de Vênus, esse obscurecimento foi de apenas 0,1%, mas a ideia é obter o máximo de dados possíveis, tanto da Terra, em observatórios situados principalmente no Havaí, quanto do espaço. Até o Telescópio Espacial Hubble pode ser mobilizado para isso, usando uma técnica um tanto bizarra. Como o Sol é muito brilhante para ser observado diretamente por ele e seus instrumentos, a ideia aqui é apontá-lo para a Lua e observar as variações de luz indiretamente. Com esse acúmulo todo de dados – que ninguém sabe ao certo como pode ser usado – as técnicas de descoberta de exoplanetas podem ser melhoradas.
Hoje em dia, a técnica mais conveniente de descoberta desses planetas é via trânsitos como esse de Vênus. O satélite Kepler já descobriu uns 2 mil candidatos assim, mas apenas menos de 100 foram confirmados. Um grande problema é diferenciar o obscurecimento, que é originário da passagem do planeta, e o que seria originário de manchas estelares, similares às manchas solares. Esse conhecimento só pode ser obtido de trânsitos como os observados no Sistema Solar.
Infelizmente, não poderemos observar esse trânsito no Brasil diretamente, mas vários sites estão promovendo uma transmissão ao vivo. Como o http://www.space.com/16005-venus-transit-webcasts-watch-live.html
Fonte: G1
Uma outra aplicação dos estudos desses trânsitos é usar suas medidas para quantificar o obscurecimento do Sol, quando o planeta passa na sua frente. No caso do último trânsito de Vênus, esse obscurecimento foi de apenas 0,1%, mas a ideia é obter o máximo de dados possíveis, tanto da Terra, em observatórios situados principalmente no Havaí, quanto do espaço. Até o Telescópio Espacial Hubble pode ser mobilizado para isso, usando uma técnica um tanto bizarra. Como o Sol é muito brilhante para ser observado diretamente por ele e seus instrumentos, a ideia aqui é apontá-lo para a Lua e observar as variações de luz indiretamente. Com esse acúmulo todo de dados – que ninguém sabe ao certo como pode ser usado – as técnicas de descoberta de exoplanetas podem ser melhoradas.
Hoje em dia, a técnica mais conveniente de descoberta desses planetas é via trânsitos como esse de Vênus. O satélite Kepler já descobriu uns 2 mil candidatos assim, mas apenas menos de 100 foram confirmados. Um grande problema é diferenciar o obscurecimento, que é originário da passagem do planeta, e o que seria originário de manchas estelares, similares às manchas solares. Esse conhecimento só pode ser obtido de trânsitos como os observados no Sistema Solar.
Infelizmente, não poderemos observar esse trânsito no Brasil diretamente, mas vários sites estão promovendo uma transmissão ao vivo. Como o http://www.space.com/16005-venus-transit-webcasts-watch-live.html
Fonte: G1
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