A pesquisa foi feita pelo Instituto Carnegie para a Ciência, e os resultados aparecem na atual edição da revista “Geology”.Segundo o autor Francis McCubbin, atualmente na as evidências não impactam apenas o que se sabe sobre a história geológica de Marte, mas também têm implicações na forma como a água chegou à superfície do planeta. Os dados levantam, ainda, a hipótese de que Marte poderia abrigar vida sustentável.
Os cientistas analisaram os chamados meteoritos shergottite, bastante jovens e originados por um derretimento parcial do manto marciano, camada abaixo da crosta, que se cristalizou na superfície e abaixo dela. Esses fragmentos de rocha vieram para a Terra há aproximadamente 2,5 milhões de anos e dizem muito sobre os processos geológicos enfrentados pelo planeta vermelho.
Segundo o pesquisador Erik Hauri, os dois meteoritos têm histórias muito diferentes, pois um deles foi submetido a uma considerável mistura de elementos em sua formação, enquanto o outro não. Foram medidas as quantidades de água no mineral apatita e se achou pouca diferença entre as rochas, apesar dos elementos distintos.
Estima-se que a fonte do manto marciano de onde as rochas partiram continha entre 70 e 300 partes por milhão de água. A título de comparação, o manto superior na Terra contém de 50 a 300 partes por milhão de água.
Hauri diz que os vulcões podem ter sido o principal veículo para obtenção de água na superfície de Marte. McCubbin conclui: "Essa pesquisa não só explica como o planeta adquiriu água, mas também observa como age o mecanismo de armazenamento de hidrogênio que ocorre em todos os planetas terrestres no momento de sua formação”.
Fonte:G1
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